Aos olhos da população, o STF virou uma casa política. Essa é a conclusão do jornalista Carlos Alberto di Franco, em artigo publicado no Estadão, do último dia 13, sob o título “STF – protagonismo e privilégio”. Ele arremata: “Quando o STF tem excesso de protagonismo na mídia, boa coisa não é.”
Juízes, principalmente nas cortes supremas, têm como tradição um comportamento discreto, recatado. Suas falas só são manifestadas nos autos. Já no Brasil, principalmente depois da TV Justiça, com as transmissões ao vivo das sessões, a vaidade das vaidades togadas, diante da exposição, exacerbou-se.
A benfazeja transparência, atributo inerente à administração pública, não foi bem administrada pelos ministros. Troca de alfinetadas, indiretas entre si e até troca de ofensas, foram apequenando o Supremo. Quem não lembra da antológica discussão entre Barroso e Gilmar Mendes, em pleno plenário? Um acusando o outro, cada um com sua razão.
Mais e mais, foram-se expondo. Sem o menor pejo, sem um mea culpa sequer, o ministro que hoje ocupa a cadeira da presidência do STF vai a um evento político, empolga-se e revela predileção por ideologia. Quem achava que o “Perdeu, Mané” era o cúmulo, viu que o buraco do poço ia até mais embaixo: “Vencemos o bolsonarismo”.
O boquirroto Barroso não perde uma oportunidade de aparecer na mídia, com caras e bocas e voz aveludada, com tom iluminista, a compartilhar sua sabedoria com os pobres mortais. Talvez seja o mau de uma geração da ostentação, das mídias sociais, que gosta de se amostrar. Daqui a pouco, Barroso aparece fazendo uma dancinha para viralizar no Kawai e TikTok.
Veja comentário publicado na TV União, no programa Da Hora, do último dia 13, com apresentação de Rochelle Roldão e Gabriel Viana:
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