Artigo – Quem é nazista, afinal?

Vejo-me na constrangedora situação de quem, supostamente a viver num país “democrata”, vê o governo atual – e me refiro especificamente aos Poderes Executivo e Judiciário – não admitir ser intrinsecamente TERRORISTA o grupo armado denominado Hamas, que invadiu um país soberano, com o qual o Brasil mantém relações diplomáticas amistosas, a cometer atrocidades inomináveis contra seus cidadãos.

Esse grupo É, sem dúvida, adepto do terror; mata civis à queima-roupa, decapita bebês, mantém gente inocente que mora em Gaza como reféns, esconde armas e entradas de túneis em mesquitas, escolas, hospitais. Tem como objetivo “estatutário’ (constitucional, se um Estado fosse) ELIMINAR Israel e os judeus.

Mas esse mesmo governo admite, placidamente, que se realizem manifestações antissionistas (como uma do MST, com menores a erguerem, entusiasticamente, o punho esquerdo). Estas se espalham por alguns lugares da nossa terra dantes abençoada e no estrangeiro, assim como ocorreu no final da década de 30 na Europa nazificada.

Nenhuma ação restritora vem do Ministério da Segurança? Nenhuma liminar do STF a proibir tais absurdos? Ou somente aí vigora a “liberdade de expressão e manifestação”? Esta, claro, foi, no dia 8 de janeiro, transmudada em “crimes contra a democracia” quando idosos, crianças e cidadãos honestos e desarmados foram às ruas (sem quebrar nem invadir nada). Nem tiveram direito a um corredor de assistência humanitária… foram postos num campo “esportivo” de concentração e estão a ser condenados a cumprir penas fantasmagóricas!

Para além da vedação constitucional à discriminação racial e ao terrorismo, lembro o que está expresso no art. 20 do Código Penal: “Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Pena: reclusão de um a três anos e multa”.

Em defesa dos palestinos – que a desdúvidas merecem respeito e proteção – não quer esse atual governo que Israel, brutalmente atacado, não exerça seu inarredável direito de defesa. Estão a esquecer que os Aliados (na 2a. Guerra Mundial), por questões estratégicas necessárias à derrota de Hitler, devastaram a cidade de Dresden? Sem falar em Hiroshima e Nagasaki, sem cuja destruição milhões de vidas se perderiam num conflito sem fim em terras nipônicas? A história se repete, infelizmente.

Grande parte da mídia está a “crucificar” (que irônico levar de novo judeus à cruz… lembram-se do Cristo?) Israel por adotar táticas e ações de guerra que atingem civis. Isto é inevitável, lamentavelmente. Toda guerra, em si mesma, é condenável, mas decorrência da (ainda) falha evolução moral e espiritual do homem. Se os atrozes criminosos se escondem atrás de uma barragem humana, o que fazer? O direito de defesa e reação é inegável, mas isto a ONU e o Itamaraty não querem admitir explicitamente!

Pedir um “corredor humanitário” para os moradores de Gaza é razoável. Necessário, até. Mas um “cessar fogo” sem a entrega dos sequestrados no dia 7 de outubro, parece-me inadmissível.

A civilização ocidental é alvo de uma avalanche de notícias mentirosas, como se o Hamas fosse fonte confiável. Judeus estão a ser agredidos até em capitais europeias, lembrando os tempos da Gestapo. Não sou judeu, professo o cristianismo (espírita), mas estou indignado com o que vejo propugnado e divulgado pela esquerda (que hoje domina até o ENEM).

Aliás, vi hoje uma notícia (não sei se verdadeira) que o Exército da Venezuela teria entrado em território brasileiro para prender “dissidentes” da ditadura que lá vige. Real a informação, o Maduro será novamente convidado ilustre para visitar o Planalto?

O que peço a Deus é que esta guerra termine. Mas, de certo a isso não se chegará em uma mesa de bar, tomando cerveja. Nem na ONU, que se tornou uma portentosa e cara ficção.

Estão em cena vários Hitlers redivivos!

Valmir Pontes Filho é jurista e professor

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Marketing Político e com passagens pelo O POVO, DN e O Globo, além de assessorias no Senado, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, coordenador na Prefeitura de Maracanaú, coordenador na Câmara Municipal de Fortaleza e consultorias parlamentares. Também acumula títulos no xadrez estudantil, universitário e estadual de Rápido.

Uma resposta

  1. A opinião do prof jurista Valmir Ponte Filho nos conforta e nos proporciona desejo de permanecermos contrários e com protestos explícitos aos desmandos que ocorrem nos dias atuais em nosso país. Temos um desgoverno sem visão de futuro e sem perspectivas de exorcizar seu passado nefasto e obsceno ao bem-estar social. Parabéns professor

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