Há mais de quatro meses, o Sindsaúde Ceará tenta, por meio de várias negociações, ver o piso implantado para os empregados da UNIMED Fortaleza.
Ao invés de cumprir a Lei que estabeleceu o piso salarial dos técnicos e auxiliares de enfermagem, a UNIMED Fortaleza resolveu afrontar a justiça e chantagear seus empregados.
Ao saber que a assessoria jurídica do Sindsaúde havia ajuizado ação para fazer valer a lei, a UNIMED Fortaleza resolveu, unilateralmente, fatiar o pagamento do piso salarial, nos próximos doze meses. Trata-se de uma manobra para tentar confundir a justiça, típica do empregador que não se preocupa com a dignidade de seus empregados [ironicamente chamados de colaboradores.
As maldades da UNIMED Fortaleza vão mais além. Incomodada com a notificação judicial para se manifestar sobre o pagamento do piso salarial, a UNIMED Fortaleza lança mão de condutas abjetas, com o firme propósito de fugir de suas responsabilidades trabalhistas. Supervisores da Cooperativa foram escalados para disseminarem o medo e o terror da demissão e da supressão do vale-alimentação, de setor em setor, olhando nos olhos dos empregados. Esta conduta, reputamos condenável, pois representa um assédio temperado pelo medo da perda do emprego, afetando a esfera moral e psicológica dos empregados. Com certeza, será objeto de denúncia no Ministério Público do Trabalho.
O desespero da UNIMED Fortaleza para postergar o cumprimento da lei é tal magnitude que, nesta quinta-feira (19/10), o sindicato laboral foi surpreendido com um pedido de mediação, no MPT, a respeito do piso salarial. A mediação foi, pelo sindicato, rechaçada imediatamente, pois a Cooperativa teve mais de um ano para negociar o piso salarial da enfermagem, todavia, preferiu caminhos tortuosos, os quais, certamente, poderão resultar em mais despesas para a Cooperativa.
Martinha Brandão é presidente do Sindsaúde Ceará