De supetão, li informação repassada em rede social segundo a qual o jornalista Eliomar de Lima, após 38 anos de labuta diária no Grupo O Povo de Comunicação, se despede.
Fiquei boquiaberto, de queixo caído, olhos ardendo a sal e a quente.
Não que ele não mereça gozar da aposentadoria. Nós, leitores e leitoras cativos, é que não merecemos perdê-lo das páginas do cotidiano.
Sabe por quê? Porque há gente no jornalismo que se locupleta. Não é o caso dele. Há quem tira proveito para aparecer mais do que a notícia. Não é o caso dele. Gente que bate no peito por ganhar fortuna no exercício jornalístico. Não é o caso dele.
Tem cada coisa e cada profissional na labuta jornalística que arrepiam só de eu pensar aqui metido nas minhas fronhas e nos meus guardados da memória!
Mas o que tenho guardado na memória, no coração e na minha consciência é um Eliomar de Lima imenso no cotidiano jornalístico, mas recolhido na condição de ser humano e profissional que apenas cumpre com o dever do ofício pautado pela ética, pela entrega diuturna para o bem da informação. De um Jornalismo com Jotão. Mais do que exemplo a ser seguido, um profissional a ser reverenciado, amado, respeitado e inesquecido seja no ontem, seja no hoje, seja no amanhã!
Ronaldo Salgado é jornalista e inesquecido professor da Universidade Federal do Ceará seja no ontem, seja no hoje, seja no amanhã!