A universidade é o espaço da competência: é da sua índole

Utilizar o privilégio da reserva de vaga para favorecer uma categoria étnica, social ou ideológica, é uma atitude discriminatória e juridicamente inconstitucional.

A universidade não é feita de brancos, pardos, negros e lgbts+. Nem de fascistas e comunistas. A universidade é feita de profissionais e homens de ciência e cultura selecionados, sim, SELECIONADOS, segundo critérios de competência.

A universidade não segue qualquer ideologia política, cabe-lhe ampliar e expandir o conhecimento e as habilidades e pô-los ao serviço da sociedade.

O talento, a inteligência e a competência estão associados estreitamente ao esforço de cada um e à sua vocação e aos seus anseios, socialmente aceitos.

Ao Estado cabe ampliar as oportunidades sociais e educativas com a adoção de políticas dirigidas para a expansão do sistema escolar e a definição de prioridades para a formação das crianças e jovens e a sua preparação para o trabalho e para o ingresso na universidade.

Os critérios de seleção para ingresso na universidade não devem ser facilitados para a absorção de todos. As exigências de seleção devem repousar no mérito dos que a procuram.

Ademais, os países não se desenvolvem, nem alcançam os patamares civilizatórios que os tornam ricos e poderosos, socialmente justos na distribuição da riqueza produzida, com bacharéis e formuladores de utopias vencidas e sem capital de inteligência comprovado.

Foi assim que as universidades tornaram-se peças essenciais de desenvolvimento nos países centrais, ao contrário dos países periféricos, dominados pelo apelo de ideologias vencidas e de novas distopias persistentes.

Nos países de formação liberal ou nas sociedades socialistas, a universidade é vista e enxergada como centros de competência e mérito. Nas nações crescidas à sombra do populismo saído de velhas oligarquias, como o Brasil, a universidade é a marca mais visível, no ideário coletivo, de ascensão social compensatória, pouco importa o que ensine e cultive entre seus muros…

É isso que precisa ser mudado. Precisamos de universidades e não de clubes de discussão ou de partidos que ainda não se puseram de acordo sobre o que reformar.

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Marketing Político e com passagens pelo O POVO, DN e O Globo, além de assessorias no Senado, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, coordenador na Prefeitura de Maracanaú, coordenador na Câmara Municipal de Fortaleza e consultorias parlamentares. Também acumula títulos no xadrez estudantil, universitário e estadual de Rápido.

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