O tempo de Natal lembra a natividade de Jesus, o Cristo, o Filho de Deus. É tempo de renovação porque o mundo ocidental lembra o nascimento do Deus que se dez homem e habitou entre nós. Deveria ser tempo de recolhimento e oração, tempo de graça e esperanças renovadas. Mas, de fato, no concreto da vida, este é um período de festas profanas, de bebedeiras e de glutonarias. A festa natalina foi de tal forma mercantilizada, que a figura folclórica do Papai Noel (Santa Claus, São Nicolau) eclipsa a figura do Menino que é o Deus dos cristãos. No plano cultural todos pedem paz, fraternidade, harmonia e consentaneidade com o espírito natalino. Mas, esse discurso não se coaduna com a prática cotidiana da nossa sociedade neopagã, ateia, cuja prática cotidiana é anticristã e totalmente alheia aos valores e tradições mais caras ao Cristianismo. Diante de tanta hipocrisia e de tanto palavreado estéril, nos dias natalinos que correm vale dizer com o Cristo: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”
ÁRVORE DE NATAL
Entrevos símbolos de Natal mais conhecidos em todo o mundo está a Árvore de Natal. São Bonifácio, Apóstolo dos Germanos e evangelizador da Alemanha é o criador desse símbolo. Ele nasceu na Inglaterra no ano 672 e morreu martirizado em 5 de junho de 754. O Papa Gregório II o enviou à Alemanha em 718 e ele foi feito bispo dos territórios da Germânia em 722. Em 723 Bonifácio derrubou um enorme carvalho dedicado ao deus Thor, na cidade de Fritzlar, Alemanha. Ao cair o carvalho destruiu tudo ao redor, menos um pequeno pinheiro. Bonifácio interpretou o fato como um milagre e declarou: “Doravante chamaremos essa árvore de árvore do Menino Jesus. A partir desse evento surgiu o costume de se plantar pequenos pinheiros e iluminá-los na noite de Natal. Bonifacius quer dizer “aquele que faz o bem” e esse nome saxão é Wynfrith.
PRESÉPIO DE NATAL
Outro símbolo presente no período natalino é o presépio, uma invenção de São Francisco de Assis que teria instalado um pela primeira vez na cidade de Greccio, Itália, em 1223. O objetivo de São Francisco era celebrar o Natal da forma mais realista possível e por isso, com permissão do Papa, fez essa “instalação” de arte sacra. O costume espalhou-se pela Europa e pelo mundo, permanecendo até os dias de hoje como um símbolo de devoção cristã no tempo de Natal.
CORES DO NATAL
As cores predominantes no período natalino são o verde, o vermelho e o dourado. O verde primaveril simboliza renovação, esperança e regeneração. O vermelho refere-se ao fogo, à redenção e ao amor de Deus por intermédio do Espírito Santo que no dia de Pentecostes apareceu aos apóstolos na forma de línguas de fogo. O dourado é cor associada ao sol, à luz, à sabedoria e ao Reino de Deus que há de vir. Para a tradição católica há uma relação entre essas três cores e os presentes dos Reis Magos: ouro (dourado), incenso (vermelho) e mirra (vermelho).
OBS: Estas e outras informações sobre o Natal e outras festas litúrgicas o leitor vai encontrar no livro “Guia de Curiosidades Católicas – Causos, Costumes, Festanças e Símbolos Escondidos no seu Calendário”, de Evaristo Eduardo de Miranda. Editora Vozes, Petrópolis-RJ, 2007.
Barros Alves é jornalista e poeta