Secretário de Elmano produz fakenews contra Bolsonaro no jornal O Povo

A aprovação do título de cidadão fortalezense para o presidente Bolsonaro tirou do sério o secretário executivo de Articulação Política do Estado, Miguel Braz. A decisão da representação popular do fortalezense na Câmara Municipal encheu de indignação o militante petista que presta serviço temporário no governo Elmano. A dor de cabeça foi tamanha, que perdeu a sobriedade, a ponto de cometer barbeiragem política e produzir uma fieira de fakenews em artigo publicado no jornal O Povo: Bolsonaro não é um cidadão fortalezense.

Começou pela barbeiragem, dando um pito em 20 vereadores, contemplando no carão oito partidos representados no parlamento municipal, dizendo que eles passaram do limite. Imagina-se que alguém que ostenta o cargo de articulação política tenha habilidade para não ferir suscetibilidades políticas, para angariar apoios. Nem de longe, a afronta estridente faria parte do perfil de articulador. Pelo visto, está muito mal o governador nessa área.

Depois disso, desconheceu limites para promover um desfile de mentiras. A fakenews mais famosa, divulgada maciçamente pela esquerda, é a de que Bolsonaro teria chamado o nordestino de comedor de capim. A inverdade já foi checada até pelo jornal O Estado de S.Paulo: vídeo em que Bolsonaro oferece capim a eleitores de Lula não há menção a nordestinos. Vai ver, o secretário foi apenas leviano a dar continuidade a uma fakenews sem checar a veracidade. Típico.

Em seguida, disse uma mentira deslavada. Afirmou que Bolsonaro foi o terceiro colocado nas eleições presidenciais de 2018, perdendo, em Fortaleza, para Ciro e Haddad. Não é verdade, como atesta tabela do TSE. Ciro em primeiro, com 546.488 votos, Bolsonaro em segundo, com 468.226, quase o dobro do candidato do articulista. Haddad tirou 263.009 votos.

O articulista podia ter sido mais contemporâneo, citado as eleições de 2022, depois dos quatro anos de governo, mas, aí, seria ainda mais desvantajoso a seu argumento. Não só porque está mais fresco na memória, como o número de votos para Bolsonaro subiu substancialmente. Passou de 468 mil, em 2018, para 530 mil, em 2022, no primeiro turno. Já no segundo turno, Bolsonaro foi preferido por mais de 630 mil fortalezenses, equivalente a mais de 40% da população.

Em seguida, o “articulador” responsabilizou Bolsonaro pela morte de milhares de fortalezenses, quando, segundo ele, negligenciou a pandemia. Deliberada confusão. Se Camilo fez tudo o que deveria ser feito, sem negligenciar em nada, como é que a taxa de letalidade no município (ou no estado) é culpa do governo federal. Afinal, não tinha governo o Ceará, não tinha prefeito Fortaleza? O certo é que tanto Estado como prefeituras tiveram seus cofres abarrotados com recursos federais para combater a pandemia.

Se houve desvios, como na compra de respiradores superfaturados de empresas inidôneas, foram em operações realizadas por governos e prefeitos. Apesar da falácia de narrativas, o Brasil foi um dos primeiros países a vacinar e um dos que mais vacinaram a população. E não faltou vacina, tanto que o governador Camilo Santana não dava conta de distribuí-las. Sempre houve vacina nas geladeiras, chegando a ser chamado de o guardador de vacina, quando estocou mais de um milhão de doses. E ainda ganhou uma campanha: vacina é no braço, não na geladeira.

Camilo Santana parece não ter muito habilidade em administrar recursos. Na pandemia, guardou mais de um milhão de doses na geladeira, com a justificativa de reserva técnica (de um mihão???) e para garantir a segunda dose. Eis que agora, como ministro, guardou todo o dinheiro destinado para programas de alfabetização. Segundo a Folha, a menos de dois meses para terminar o ano, o MEC não tinha empenhado nem um centavo dos R$ 801 milhões previstos no orçamento de 2023.

Por fim, depois da gosma argumentativa, repetindo todo o script das fakes, Miguel Braz afirmou que não houve diálogo institucional entre Camilo e Bolsonaro. Ele se esquece de que, logo no início do governo Bolsonaro, quando poderia dar a desculpa de início do mandato, o governo federal, de pronto, socorreu o do Ceará no enfrentamento à bandidagem. Quando Camilo resolveu por fim a negociação cabulosa, botando moral nos presídios, foi afrontado com um levante que tocou o terror em Fortaleza. Não só as forças federais (PF, PRF e FA) ficaram de prontidão, como ainda veio a guarda nacional nos socorrer da barbárie.

Esse tipo de ação efetiva não é considerado diálogo institucional para o articulador político. E ainda, em mais um embate afrontoso com os vereadores, chamou-os de bolsonaristas e apoiadores de Sarto os políticos dos seguintes partidos: PL, Solidariedade, União Brasil, PSD, PSDB, PMB, PP e Rede, cujos representantes aprovaram o título para quem foi votado por 40% dos eleitores de Fortaleza. O articulador pode esbravejar à vontade, Bolsonaro é cidadão fortalezense, pela vontade da representação popular.

Luciano Cléver

Luciano Cléver

Jornalista formado pela UFC, em 1988, coordenou o núcleo de comunicação da Caixa por 18 anos, trabalhou como repórter na Gazeta Mercantil, no Diário do Nordeste como secretário de redação, editor do jornal Expresso do Norte (Sobral), foi editor do portal do Sistema Paraíso. Está à frente do programa de rádio Café com Cléver, veiculado na rádio Paraíso FM (Sobral). E nas redes sociais (Youtube.com/@cafecomclever). É comentarista na TV União. Cristão, apaixonado por cinema, vinho e xadrez.

5 respostas

  1. A desqualificação do pífio governo Elmano é notória. Por que o titular da articulação política seria diferente. Aliás, em termos de PT não se confunda esperteza com o intuito de agradar o chefe, com inteligência emocional.

  2. A desqualificação do pífio governo Elmano é notória. Por que o titular da articulação política seria diferente. Aliás, em termos de PT não se confunda esperteza com o intuito de agradar o chefe, com inteligência emocional.

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