Artigo – Sem perder a esperança

Já encanecido, vergastado pelas tribulações da vida e com a alma trincada por algumas ingratidões e decepções (já perdoadas), poderia eu recolher-me à minha insignificância e ficar quieto. Seria mais prudente, dirão alguns, não sem razão.

Mas a inquietude da minha alma (do meu espírito, para ser preciso) não me permite a prática de um criminoso silêncio, a lembrar da frase segundo a qual mais incomoda a mudez dos bons do que a pérfida loquacidade dos maus. Assim é que, resolvi desnudar-me e dizer algo que parecerá a muitos, senão um despautério, pelo menos uma imprevidência. Peço ao Criador, portanto, que me projeta dos riscos inerentes a este desabafo.

A todos asseguro que estou em pleno e lúcido gozo de minhas faculdades mentais, completamente apto a exercer, com dignidade, ética, honestidade e dedicação, o trabalho profissional para o qual me preparei por longos anos. Penso ter adquirido razoável experiência, pelo menos.

Pois direi o que me está entalado na garganta: sou um admirador do Bolsonaro! Afinal, depois de Juscelino (o “Presidente Bossa Nova”) em que meus pais votaram com entusiasmo) nunca vi um Presidente que tivesse o patriotismo, a visão de futuro, a coragem e a resiliência que esse homem tem… nem a popularidade.

Meus neurônios (ainda ágeis, graças a Deus) não conseguem racionalmente deglutir a vitória de quem, quando sai à rua, é vaiado, enquanto o “deseleito” é intensamente aplaudido onde vai. Mesmo quando a lotados estádios de futebol, lugar onde o anonimato, de hábito, estimula o apupo.

Admiro essa pessoa pelo seu apego à brasilidade, à nossa Bandeira, aos valores da família, às liberdades individuais e coletivas, à tolerância às críticas e à redução (inteligente) da máquina estatal. E sua oposição não escondida à precoce mudança de gênero, ao uso de drogas e à “convivência” com o terrorismo tupiniquim das facções que dominam as cidades. Ainda que “tosco” em algumas situações comuns do dia-a-dia, vejo-o como um ser humano normal, simples, despojado da arrogância de alguns (intelectualizados ou bestializados, tanto faz).

Durante seu governo jamais existiu “caça às bruxas”, perseguições, desvio de recursos do Erário, silenciamento ou desmonetização compulsória (digital, inclusive) de jornais ou jornalistas, manipulação ideológica de exames públicos (como indecentemente ocorreu agora, de modo escandaloso, com o ENEM).

Ao reverso, digeriu as ofensas (ainda que injustas) sem exercer vingança, estimulou a liberalização e o crescimento da economia, exprimiu sua repulsa ao aborto, ao crime (seus Ministros não receberam, em caráter oficial, esposas de chefes do tráfico) e valorizou o ensino tradicional (que prestigia a postura e a dignidade dos professores), buscou inteligentes saídas para as crises (como buscar fertilizantes essenciais ao agronegócio na Rússia). Além de defender o marco temporal constitucionalmente justo e correto, protetor do agronegócio.

Gosta de crianças, protege sua filha menor como um leão, tem uma esposa inteligente, digna, culta, distinta e educada (além de bela… que ele nem minha mulher fiquem com ciúmes indevidos, risos), exterioriza emoções sinceras mas não o faz mediante discursos ébrios e palavrosos.

Acossado de forma cruel, avassaladora e implacável pelo STF – cujo “grão mestre” parece ter por ele um ódio visceral – já foi condenado a penas inacreditáveis (de inelegibilidade, por questionar a infalibilidade da “santíssima unidade e virgindade” da urna eletrônica). Sem falar nas multas que, se somadas, deverão ultrapassar o PIB da avermelhada Sul América, tornando-o um “não cidadão” (situação existencial equivalente à da antimatéria, talvez).

Ao que parece (é a lógica que assim indica, pelos fatos tornados públicos) – e sem tomar uma só cerveja com seu interlocutor israelense – conseguiu influenciar para que os brasileiros (e palestinos seus parentes) fossem incluídos na lista dos que poderão deixar o inferno de Gaza (causado, é bom dizer, pelo GRUPO TERRORISTA chamado Hamas).

Bolsonaro tem defeitos? Claro que os tem, ou não seria humano. E quem, enfim, está isento deles e pode “jogar a primeira pedra”? Meu “bolsonarismo”, chamem como quiser, decorre da esperança que dele emanou para o país inteiro, esperança que não se esvanece mesmo depois de quase um ano apeado do poder.

Li no “X” uma coisa fantástica e verdadeira: o cérebro é um órgão maravilhoso, que funciona 24 horas por dia e 365 dias por ano… mas para de trabalhar quando você se torna comunista. Graças a Deus mantenho o meu à direita. E lá (no antigo “zap”) também encontrei a pergunta crucial, que há de ser feita aos nossos jovens (vilmente ideologizados): quando derrubaram o Muro de Berlim, para qual lado todos correram?

Mantenho minha fé num Brasil austero, limpo, honesto, desenvolvimentista, a manter íntegros e respeitados seus Hino e Bandeira. Espero ver este Brasil brasileiro antes de voltar para o Plano dos Espíritos (tomara que dê tempo, risos de novo).

Paz e Bem!

Valmir Pontes Filho é jurista e professor

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Marketing Político e com passagens pelo O POVO, DN e O Globo, além de assessorias no Senado, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, coordenador na Prefeitura de Maracanaú, coordenador na Câmara Municipal de Fortaleza e consultorias parlamentares. Também acumula títulos no xadrez estudantil, universitário e estadual de Rápido.

Uma resposta

  1. Muito bem, professor. Confesso que sinto medo, pois tantos me advertem. Mas sigo em frente. Seu artigo é uma lufada do benfazejo vento da esperança.

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