O ex-deputado federal Capitão Wagner (UB) mantém um silencio estratégico durante o ano de 2023, como já foi comentado em algumas análises da Consultoria LCFB. Capitão Wagner não se tornou um oposicionista radical ao prefeito de Fortaleza, o médico José Sarto (PDT), como era até esperado com a sensação de que temos uma aliança informal política-eleitoral entre o PDT fortalezense e a bancada do União Brasil na Câmara Municipal de Fortaleza.
A Consultoria LCFB acredita que não exista uma equipe profissional de análise política no staff do ex-deputado federal e na estrutura regional do União Brasil (UB). E isso cobra o seu preço político-estratégico ao principal núcleo oposicionista conservador de Fortaleza. Capitão Wagner mantém o recall nas próximas consultas eleitorais, porém, bem provável a identificação do lulopetismo fortalezense como a principal força eleitoral anti-cirista-trabalhista representada na figura do prefeito Sarto, no pleito eleitoral de 2024, na capital cearense.
O núcleo político do Partido Liberal do diretório fortalezense não tem nenhuma equipe de estratégia eleitoral, com isso não compreende que o vácuo político-eleitoral do wagnerismo-centrista é quase pós-lulista, pois é quase um comitê de memória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem discussão sobre as políticas públicas da capital cearense. A posição de líder oposicionista fortalezense ainda será do Capitão Wagner (UB), todavia, não é um posicionamento consolidado perante à classe média tradicional de Fortaleza.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e diretor-executivo da Consultoria LCFB