Moraes se tornou o algoz de Bolsonaro e se fez o juiz universal de todas as causas contra o ex-presidente. Tornou-se herói para muita gente que não gostava do capitão – boa parte do PT e puxadinhos – e não se importavam se ele seguia ou não a Lei. Dentro do próprio STF, nenhuma voz se levantou contra suas arbitrariedades, que foram se acumulando.
Acreditava-se no Olimpo jurisdicional que havia risco à democracia e a seus privilégios. Sem que eivassem as próprias togas, a não ser pela omissão, deixaram que Moraes, que tinha dado a careca a tapa, exercesse o papel sujo com o límpido objetivo da defesa do estado democrático.
Imaginava-se na excepcionalidade jurídica, num período específico, como verbalizou Carmen Lúcia ao compactuar com a censura: só por enquanto, por esse período. Passado esse lapso de tempo, há mais de um ano da derrota eleitoral bolsonarista, há mais de 10 meses do novo governo, quando se esperava a volta da normalidade, persistem as arbitrariedades. Deve ser o novo normal.
Quem anuiu com toda a coisa no plano institucional, deve se sentir constrangido e sem ação a ver que o arbítrio ao arrepio da lei, dá-se agora na esfera pessoal. Moraes usa do aparato judiciário, de sua relação com os pares, para subjugar quem ousou discutir com seu filho. De novo, passando por cima lei. Desta vez, para vingança pessoal.
Veja o comentário no programa Da Hora, veiculado na TV União:
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