A diversidade subiu a rampa, mas não se manteve ao redor da mesa. No dia em que comemorou 78 anos, Lula convidou dezenas de jornalistas para um café da manhã. Nenhum negro entre eles. Isso tudo numa semana em que a terceira mulher foi despedida do alto escalão do governo.
No diapasão do discurso identitário proferido durante a campanha, Lula tem sido cobrado para indicar uma mulher negra para o STF. Ele refuga a ideia, não usaria o critério de raça ou gênero para indicação de cargos. Justificável, se vocalizado por outro. Até pelo inominável, mas não por Lula, que chamava o outro de misógino. Pois bem, foi no governo de Lula que uma mulher apeada do cargo acusou misoginia.
Lula terceirizou a responsabilidade sobre a demissão de três mulheres em quatro meses no seu governo. A culpa é dos partidos. Mesmo enviesada, a justificativa engana trouxas. No caso, porém, do café da manhã com a imprensa, o convite foi pessoal de Lula (ou da Janja). Não encontrou nem um negro entre eles, a mídia seria tão branca assim? Mas, e quanto a diversidade sexual? Afinal, as redações estão recheadas.
A relação com índios parece também não ser das melhores, mesmo com o veto à Lei do Marco Temporal. Raoni já botou o beiço no trombone, vai cobrar de Lula o que o petista prometeu e não cumpriu.
A falta de diversidade no café do Lula foi apontada também na Folha.
Assista ao comentário, um recorte do Café com Cléver, programa veiculado nas rádios:
Paraíso FM (Sobral)
Pioneira AM (Forquilha)
FM Cultura (Aracatiaçu)
Brisa FM (Tianguá):
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