Veio ao meu e-mail propaganda da OAB NACIONAL anunciando que o samba não tem fronteiras e por isso estará no encerramento da 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira.

Não se informa o custo dessa atração oferecida para obter maior contingente de incautos para os quais não se oferece acesso aos textos que serão apresentados nas palestras.

O samba vai transpor o sentimento de inconformação com a OAB NACIONAL que postou-se obsequiosa, sem luta judicial conhecida, quando:

1- O ministro DIAS TOFFOLI instituiu o chamado INQUÉRITO DO FIM DO MUNDO em voto solitário do então ministro MARCO AURELIO, designando relator o ministro ALEXANDRE DE MORAES que lhe deu continuidade infinita, atuando como vitima, acusador, investigador, e julgador    

2 – Por maioria, ministros do STF anularam as condenações de corrupção expostas na Lava Jato. pela 13ª Vara Federal em Curitiba argüindo não ser aquele o juiz natural dos casos, quando votaram contra os ministros MARCO AURÉLIO e LUIZ FUX.

3- Prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), com proibição de usar redes sociais e dar entrevistas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, motivado por um vídeo que o parlamentar publicou nas redes sociais atacando os membros do STF.

4- Prisão de Roberto Jefferson por ordem do ministro ALEXANDRE DE MORAES , que também autorizou a polícia a acessar mídias de armazenamento, inclusive celulares, HDs, pen drives apreendidos e materiais armazenados em nuvem do ex-deputado. 

5- Ordem de de prisão do blogueiro ALLAN DOS SANTOS, dada pelo ministro Alexandre de Moraes, apesar da Procuradoria-geral da República (PGR) ter sido contra a prisão. O  magistrado ordenou  ao Ministério da Justiça o processo de extradição e que o nome de Santos fosse incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol. O blogueiro é investigado pelo Supremo nos inquéritos sob a narrativa que apuram a divulgação de fake news, ataques a integrantes da Suprema Corte e a atuação em uma milícia digital que atenta contra as instituições do país. 

6.- A prisão, de aproximadamente 1.200 pessoas acampadas em pátio de quartel militar em Brasília, SEM TRIAGEM de nome, conduta, idade, saúde, por ordem do ministro Alexandre de Morais, conduzidos em ônibus e despejados em dependência da policia federal, vedado o acesso de familiares e/ou advogados.

Adriano Pinto é advogado, professor aposentado da UFC e ex-conselheiro federal da OAB