Nas cordas, pedetistas ciristas querem diálogo com grupo cidista

Nenhum deputado pedetista, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), ousa projetar o resultado da reunião do PDT nacional, na sexta-feira (27), no Rio de Janeiro, convocada pelo presidente em exercício André Figueiredo. A pauta principal, claro, é a situação do partido no Ceará, que há mais de um ano vive um clima de racha em suas bases políticas, desde o processo de escolha da candidatura do PDT ao Palácio da Abolição, em julho do ano passado. O encontro também irá avaliar o desempenho do ministro Carlos Lupi à frente da Previdência Social, mas essa discussão apenas servirá para encobrir o verdadeiro objetivo da reunião, quando Lupi sequer se encontra há um ano no cargo, sem sinais de turbulência ou de medidas relevantes.

Desde que a ala cirista foi “para as cordas”, após a justiça do Ceará reverter na semana passada a decisão de uma ação movida por André Figueiredo, quando legitimou a votação no Diretório Estadual, ao confirmar Cid Gomes na presidência do PDT cearense, até o fim do ano, deputados pedetistas passaram a pregar o diálogo entre o grupo cirista (Ciro Gomes / Roberto Cláudio / André Figueiredo) e o grupo cidista (Cid Gomes, com a maioria dos deputados estaduais, dos deputados federais, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores).

“Essa briga interna no PDT só tem favorecido a outros partidos”, alegou o cirista Cláudio Pinho.

Já o deputado Antônio Henrique (PDT) defendeu o retorno das bandeiras pedetistas, como educação, combate à fome, cobrança por mais segurança pública e projetos de políticas públicas, ao invés de brigas internas.

“Parece que o que mais importa é estar dentro do governo”, apontou Henrique.

Já o deputado Queiroz Filho, fiel escudeiro do ex-presidente da Alece e ex-prefeito Roberto Cláudio, tem evitado qualquer posicionamento no racha pedetista. Relator do Orçamento 2023, Queiroz até chegou a questionar o montante de R$ 36 bilhões, em dezembro do ano passado, para o primeiro ano do governo Elmano, um aumento de 30% em relação ao Orçamento 2022. Mas, ao final, concordou com tudo.

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo

Nicolau Araújo é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Marketing Político e com passagens pelo O POVO, DN e O Globo, além de assessorias no Senado, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, coordenador na Prefeitura de Maracanaú, coordenador na Câmara Municipal de Fortaleza e consultorias parlamentares. Também acumula títulos no xadrez estudantil, universitário e estadual de Rápido.

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