Fragmentos do foguete que alvejou o hospital de Gaza atingiram também a Redação do Diário do Nordeste. Só isso para justificar a paralisação jornalística que manteve desatualizada sua manchete sobre o fato.
Logo que a bomba caiu, o grupo terrorista acusou Israel de grave crime de guerra. Por vir do Hamas e pela gravidade do erro por parte do tecnológico exército israelense, era para se desconfiar da veracidade. Mas a mídia toda comprou a versão, uma oportunidade de igualar as ações israelenses às dos terroristas palestinas.
Logo depois, os judeus negam a autoria e acusam o grupo Jihad Islâmica pelo erro fatal. Rapidamente a imprensa corrigiu. Não para assumir o informe hebraico. Ao menos, já não davam a autoria aos israelitas. Explicavam a guerra de narrativas.
O Diário não atualizou a manchete, o que seria mais fácil de fazer. Alterou o texto interno da matéria, mas manteve na cabeça o título depreciativo aos judeus.
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